Amarelo é minha cor preferida, já o setembro não foi dos melhores meses da minha vida.
E é ridículo eu falar isso, com tanta coisa boa acontecendo esse mês, tanta conquista, enfim... é que as vezes a gente se prende a detalhes, e muitas vezes nos piores detalhes...
Setembro amarelo propõe uma abertura ao diálogo, a falar o que estamos sentindo, como forma de combater e evitar o suicídio, o que me levou a pensar o seguinte, a depressão, que por vezes já leva ao suicídio de fato, é uma espécie de suicídio em si mesma, um suicídio emocional, um suicídio afetivo, psicológico, onde a pessoa está morta por dentro, tem alguns que ainda conseguem parecer vivos e bem, mas por dentro estão ocos, emocionalmente falando.
Não tive depressão.
Não pensei em me matar.
Mas sofri sem querer sofrer, e esse sofrimento corrói a gente por dentro, mesmo que por fora...
Até que falei.
Me abri...
Chorei...
Não melhorei imediatamente, instantaneamente, mas o “fardo” ficou mais leve... falar é libertador.
Mas pra falar, alguém tem que ouvir...
Todos os dias perguntava a quem estava próximo de mim: “tá tudo bem?!”, “tá tudo bem mesmo?!”, mas essas eram as perguntas que eu queria que me fizessem...
De setembro pra vida, mais do que falar, que aprendamos a ouvir, principalmente quem está perto de nós. Sejamos carinhosos com o sofrimento dos outros, mesmo que não tenhamos nada a acrescentar em matéria de orientação ou “conselho”, ouçamos. E falemos... isso salva nossa vida...
