quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Exercício de Memória [ou seria paciência?]

#1 - Do Lázaro

- Você lembra de Lázaro?
Meu pai me perguntou, e eu já sabia que era pra falar que o tal Lázaro veio a falecer ou coisa do tipo, mas eu preciso manter uma conversa com ele que seja superior a é, sim, não e talvez.
- Que Lázaro? Pergunto finalmente.
- Lázaro uai. Lázaro sô! Você não lembra de Lázaro?
Respiro fundo.
Conto até três.
Conto até três de novo.
Resolvo contar até dez.
- Mas que Lázaro gente? Pergunto de novo.
- Lázaro! (Quase num grito) Para! Lázaro ali da vila.
- Da vila Santa Cruz?
- É!
- Sei não pai.
- Lázaro sô! Sabe aquele casa perto do quebra mola, que tem uma estátua de mulher na janela?
- A da namoradeira?
- A Dona Maria que mora lá, ela que é mãe do Paulo que foi da sala dele.
- Da sala do Lázaro?
- Que Lázaro?
- Eu que pergunto que Lázaro gente?!
Desisto.
- Pai o tal Lázaro morreu?!
- Vai enterrar daqui a pouco.
Sabia.

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Família


A gente tem sempre muitas prioridades em nossas vidas, coisas que pro momento julgamos essenciais para continuarmos levando de uma maneira mais satisfatória a maneira como escolhemos viver, crenças em que nos apegamos para ora amenizar, ora culpar tantas questões que não passam de nossas próprias escolhas.

Muitas vezes nos pegamos julgando as escolhas alheias, sob parâmetros de nossas próprias decisões, o que não é certo, nem errado, mas sim ineficiente.

Não cabe a nenhum de nós julgar nada, nem pesar nada, nem condenar ninguém.

Mas o fato que muitas vezes, escolhas alheias mexem com a gente, e nos deixam até mesmo tristes.

Porque pra mim hoje parece tão óbvio que o importante é a família, que por ela todo “esforço” é pouco, que ver energias que poderiam ser canalizadas nesse sentido serem dispersadas em outras atividades me enche de profunda tristeza. A vida está passando. O tempo a gente não tem controle nenhum. Na verdade a gente tem muito pouco controle sobre qualquer coisa, toda essa instabilidade é uma ilusão. Pessoas queridas morrem num piscar de olhos. Pelo tempo. Pelo mundo. Naturalmente. Cruelmente. E depois perdemos oportunidades de estar com essas pessoas por determinadas prioridades que...

Desculpe se fui grosso, mas hoje, acredito na família, e se temos a oportunidade de tê-la toda reunida, celebremos... o resto se ajeita com tempo...

terça-feira, 9 de outubro de 2012

Profissão: ATOR

Não é por nada não, mas assim, quando uma pessoa vai ao teatro, geralmente vai ou porque quer, ou porque gosta, ou porque teve curiosidade, ou em determinados casos vão por obrigação (esses são mais complexos), e minha função enquanto profissional das artes é fornecer aquilo que aquelas pessoas buscam, muitas vezes para isso passando por cima de muitas questões particulares, dores, mal estar, perda de ente querido, machucados em cena, e por aí vai, tudo porque o espetáculo não pode parar.

Agora, por exemplo, se uma pessoa vai ao dentista ela vai por obrigação, obrigação causada por uma necessidade específica, mas em todo caso obrigação. Nunca vi ninguém falar que vai ao dentista porque já viu todos os filmes que estão em cartaz, ou porque tá sem o que fazer. E muitas vezes ao chegar no consultório fica impossibilitada de ser atendida, mesmo com hora marcada, ou porque o dentista está atrasado, ou porque ele não veio pois a tia da vizinha da mãe dele morreu, ou porque ele não estava bem e teve que sair mais cedo.

Tanto eu como o dentista ESCOLHEMOS nossa profissão (pelo menos quero acreditar nisso). Dele, muitas pessoas dependem até para sorrir, de mim elas não dependem, mas até acontece de sorrirem por minha causa.

Aí alguém pode virar pra mim e dizer: - É mas você não apresenta a mesma peça todo dia, e nem tem que lidar com pessoas que não querem te ver, já o dentista diariamente lida com várias pessoas, muitas delas mais mal humoradas que um jegue do agreste inclusive.

Eu responderia: - Não foi ele quem escolheu ser dentista? E mais, ao contrário do que você pensa, eu apresento sim a mesma peça todo dia, várias vezes no mesmo dia inclusive, de manhã, de tarde, de noite e até mesmo de madrugada, porque TRABALHO com teatro empresarial também (só aumentei as letras de trabalho pra deixar claro que eu trabalho com teatro, assim como um dentista trabalha com dentes, não mexo com teatro, assim como um traficante mexe com drogas), continuando, e meu público definitivamente não quer o horário de almoço/descanso dele ser importunado por um bando de "palhaços", e aí falo pra mim mesmo: - Foi o que eu escolhi! Eles não precisam saber que estou mal, que meu siso está nascendo, nem nada.



Atualmente tenho três dentistas que gosto muito e respeito de mais e que não se enquadram no dentista descrito acima, até porque o dentista só serviu de exemplo, poderia ter citado N outras profissões.

A questão é: porque o meu amor por minha profissão passa por cima de mim e em outras profissões não vejo toda essa entrega?

quarta-feira, 3 de outubro de 2012

um príncipe em minha vida

          E no corre corre de hoje me peguei sentado num sofá da Livraria Leitura com
"O Pequeno Príncipe"
nas mãos.
Já o havia lido.
Várias vezes...
Então, mais uma...
Novas lágrimas, mais descobertas, essa é a maravilha da releitura, sempre há algo novo pra se descobrir, pra se perceber, pra se sentir...
Entre outras, passei o resto do dia refletindo sobre 'a vida, o universo e tudo mais'...
Autoridade...
Amizade...
Amor...
'E esses são apenas os As'...
Como um simples livro pode dizer tantas coisas...
Na verdade, talvez seria, como eu posso não ter pensado nisso que está escrito aqui antes de ter lido?
E então a gente vê claramente, o que a gente já sabia, mas que às vezes precisamos de fantasias para que tudo isso se torne real...
"É preciso que eu suporte duas ou três larvas se quiser conhecer as borboletas"

Citações: EXUPERY, A. S. O pequeno príncipe | ADAMS, D. A vida, o universo e tudo mais | ZUSAK, M. A menina que roubava livros

terça-feira, 2 de outubro de 2012

'mim em partes [2]' ou 'porque piranha virgem não existe'

Presunçoso?!
É talvez...
[ou não... anyway] pq?

Por falar de mim...
Que se dane, o site é meu falo do que eu quiser.
Ignorante?
... e se for?

rs [talvez sem esse risinho]

Brincadeira, quem me conhece sabe que não sou nem um nem outro.


[às vezes sou Diogo... 

[Uma apresentação, ora, onde estão meus bons modos.]

Vou começar pelo começo:
[BH, 16h35' do dia] 20 de Março de 1986 (daqui a uns anos esse ano será inibido, então, se é do seu interesse, copie e cole isso... rs) logo sou peixes virgem.

- Uma explicação -
signo solar: peixes
signo ascendente: virgem

então, sou peixes virgem
porque piranha virgem não existe... rs

coisa que gosto é ver quem gosto duas vezes![e mais... e mais... e mais]

[- Memória futura -
um dia vou escrever 
a versão 3 disso]

falei muito né?
ou não... mas agora paro por aqui. [amanhã levanto cedo...]

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

começando

Quando resolvo dar continuidade ao meu blog, descubro que o seu provedor está prestes a fechar as portas, sendo assim, cá estou, começando... de novo... 
Vai haver novidades... vai!
Vai haver lembranças... vai!
Confesso, gosto de me ler... e você? 
Espero que goste também!
Bem vindo!