sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Da putinha [parte 1]

#1 - Da Apresentação
Não vou falar muito, não sou de falar, sou de fazer. Quer ouvir, vai à missa. Quer que eu fale, dobro o preço. Gosto do que faço. Uso, abuso e me lambuzo de prazer. E tem gente que me paga por isso. Recebo. Está disposto a pagar? Entra na fila... um dia sua hora chega.


#2 - Da Ambição
 Encontrei com ele numa rua sem saída. Ele me disse que fazia direito. Hum, adoro juiz. Não, advogado, disse ele. Fiz o que tinha pra fazer. Ele me deu seu telefone. Não liguei. Não gosto de assistente de pedreiro. Quero é mestre de obras.

#3 - Da Paixão
 Comecei a me apaixonar uma vez... isso não é bom.
Pensava nele o tempo todo. O tempo todo. Realmente existem coisas sobre as quais a gente não tem o menor controle. Isso com certeza não é uma fala minha. Ah não! Que tinha uma coisa diferente tinha, mas não podia ser paixão, isso não me cabe. Não ia me apaixonar. Não por ele. Li por ai:

“... eu sonhava com um amor de fogo. Chamas, chamas, chamas, um amor vulcânico, feito de incêndio e lava, um inferno de amor que me calcinasse o peito...”.

É só assim que eu me apaixonaria. Mas como no Brasil não temos vulcões, pelo menos não dos ativos, não corro esse risco. Ele era bonitinho e tal, mas o que eu quero mesmo é um Vesúvio... não o primeiro lugar na feira de ciências da escola.

#4 - Da Balada
Resolvi fazer um programa de garota esse fds. Fui a uma boate com uma amiga, nem doeu. Às vezes gosto disso. Tinha um cara que não parava de me olhar (me comia com os olhos). Pessoalmente eu não amei ele, mas o que é que o amor tem a ver com isso? A bebida devia estar mais forte aquele dia, fui parar num quarto com ele, trocando juras de amor eterno. Bom, foi legal, mas no próximo fds terei que fazer hora extra para compensar o tempo que perdi...


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